Por João Fernandes
O interesse pela Meliponicultura, criação de abelhas nativas sem ferrão, vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Hoje o Brasil abriga mais de três mil espécies nativas, sendo habitat natural para espécies como Jataí e Mandaçaia, espécies reconhecidas por especialistas como uma preciosidade de alto valor de mercado.
Neste cenário, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), conta com um setor dedicado às atividades para a extração de mel, localizado no campus Dep. Jesualdo Cavalcanti, em Corrente, o espaço atende as atividades de disciplinas do Curso de Agronomia e Zootecnia, sendo também utilizado como ambiente para pesquisas científicas. Como também usado como base para a realização de cursos, treinamentos e atividades de extensão.
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Apiário acadêmico do campus Dep. Jesualdo Cavalcanti
O “Apiário Acadêmico” como é conhecido, é coordenado pelo prof. Estácio Alves dos Santos, ele explica que escolheu trabalhar com as abelhas sem ferrão por serem dóceis e de fácil manejo, além disso, estas espécies produzem mel muito utilizado para fins terapêuticos, produção de própolis e cera. Toda a área é composta por 6 colmeias.
“O espaço é dedicado a inserção do conhecimento através de práticas com os alunos, mas também tem despertado interesse da população local, que acaba conhecendo e buscando informações, e assim conhecem a importância da criação racional de abelhas para o setor agrário como atividade de valor econômico e social”, destaca o professor.
Para o professor, a ação é de suma importância para os discentes já que engloba atividades de introdução a Meliponicultura, incluindo biologia, criação racional, polinização e gestão de produtos das abelhas. Todo o mel produzido no Campi , tem caráter amostral, passando por processos de extração, envase, identificação e comercialização, como é feito com todo produto comercial.
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Mel produzido no apiário acadêmico da UESPI