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Campus de Oeiras promoverá a VIII Semana de Letras com debates contracoloniais e ética no uso da inteligência artificial

Por Mikael Lopes

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Letras Português do campus Professor Possidônio Queiroz, em Oeiras, realizará a VIII Semana de Letras, com a temática “Vozes locais, redes globais: linguagens, tecnologias e literaturas em perspectivas inclusivas e contracoloniais”, entre os dias 24 e 27 de novembro. O evento será híbrido e gratuito, com inscrições abertas até segunda-feira (24).

A Semana de Letras tem o objetivo de promover o diálogo entre saberes, linguagens e práticas produzidas em lugares e experiências historicamente invisibilizadas, além de destacar ações inclusivas. A programação engloba palestras, mesas-redondas, minicursos, oficinas, comunicações individuais, atividades culturais e o sarau lítero-musical. Por meio dessas atividades, serão debatidos temas como ecologia, inclusão e o uso da língua em países africanos.

A abertura do evento se destaca por abordar uma temática em evidência nos últimos anos: a questão ética no uso da inteligência artificial no campo da pesquisa.

“A palestra de abertura ‘Inteligência artificial, ética e pesquisa científica: um debate atual e necessário’ foi escolhida porque o próprio tema geral da Semana envolve linguagens, tecnologias e redes globais; a IA é uma tecnologia que impacta profundamente o ensino, a pesquisa e as práticas de linguagem, e porque a questão ética é central quando se discute produção de conhecimento e a circulação de informações em ambientes diversos, especialmente o acadêmico”, enfatiza a professora Dra. Angélica Gondim, da organização.

A realização de ações como esta é uma forma de fortalecer os saberes dos acadêmicos e o tripé da Universidade de ensino, pesquisa e extensão, segundo a professora Dra. Angélica.

“Nossa Semana de Letras fortalece a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, possibilitando a construção de um espaço de divulgação de pesquisas, práticas pedagógicas e experiências extensionistas. O evento promove debates sobre inclusão, saberes locais, literaturas e tecnologias (temas fundamentais para a prática docente contemporânea), estimulando práticas pedagógicas críticas, inclusivas e contracoloniais”, avalia.

A aluna do curso de Letras, Flávia Borges, participará de sua terceira edição consecutiva. Para ela, o evento é sempre uma oportunidade de ampliar diálogos e complementar sua formação.

“Na minha avaliação, ter acesso a eventos como a Semana de Letras da UESPI – Professor Possidônio Queiroz é de extrema importância para a formação acadêmica e humana dos estudantes. Trata-se de um momento em que a Universidade se abre para o diálogo, para a circulação de saberes e para a ampliação das perspectivas que normalmente desenvolvemos ao longo do curso. A Semana de Letras não apenas complementa a formação oferecida em sala de aula, mas também reafirma o compromisso da Instituição com a construção crítica e plural do conhecimento, aproximando-nos de pesquisas, debates e experiências que enriquecem nossa trajetória universitária”, ressalta a discente.

O evento é aberto à comunidade. As inscrições gratuitas podem ser realizadas pelo site: https://www.even3.com.br/viii-semana-de-letras-deoeiras-633329

Curso de Letras Português de Oeiras promove “IV Literatura e Vida, na Fazenda Bom Jesus dos Passos”

Por Mikael Lopes

O curso de Letras Português da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Prof. Possidônio Queiroz, em Oeiras, realizou, na última quinta-feira (13), a culminância do projeto de extensão “IV Literatura e Vida, na Fazenda Bom Jesus dos Passos: Poesia e Prosa Portuguesa ecoando em Histórias Brasileiras”.
O encontro, realizado na Fazenda da Esperança de Oeiras, é coordenado pela professora Dra. Elimar Barbosa.

Corpo acadêmico e acolhidos da Fazenda da Esperança

Os objetivos do projeto estão interligados – oferecer aos acadêmicos de Letras Português uma oportunidade de exercício da docência e, ao mesmo tempo, favorecer a formação de leitores em um espaço além da sala de aula. Para a professora responsável, a cada edição, as metas estão sendo alcançadas. 

“A experiência tem se mostrado particularmente significativa por criar momentos de interlocução, oferecendo leituras, temas e reflexões que incentivam os acolhidos a dialogarem entre si, fortalecendo vínculos e abrindo horizontes simbólicos de reflexão sobre a vida”, destaca a professora.

Momento de interação entre alunos e acolhidos

A realização de ações como esta aproxima a comunidade da universidade e valoriza movimentos sociais que buscam transformar vidas, como a Fazenda da Esperança, aponta a docente.

“O projeto, realizado por meio de parcerias, contribui para visibilizar e valorizar o trabalho da Fazenda da Esperança, instituição dedicada ao resgate da dignidade humana, tantas vezes ameaçada ou perdida em decorrência da drogadição”, pontua.

O responsável pela Fazenda Bom Jesus dos Passos, Flávio Nogueira, avalia que o desenvolvimento da atividade impactou positivamente os acolhidos, tanto nos saberes quanto no convívio.

“Foi muito produtivo, os acolhidos aprenderam muito. Teve uma interação muito produtiva também, fizeram músicas a respeito dos textos. Fortaleceu, melhorou a convivência, trouxe mais conhecimento, melhorou também até a espiritualidade por meio da leitura dos meninos, na evolução pessoal. Eu vejo também que foi muito edificante e produtivo. O resultado, com certeza, foi bem positivo”, ressalta Flávio.

Para os estudantes que participaram da atividade, o projeto proporcionou um espaço de formação sensível, permitindo reflexões sobre diferentes realidades sociais.

“Pude vivenciar momentos que ultrapassam a teoria e tocam profundamente a prática do cuidado, da escuta e da empatia. Cada atividade, cada conversa e cada partilha me fizeram compreender ainda mais a importância do acolhimento e da presença humana. Voltei para casa transformada, com o coração mais sensível e a mente mais aberta, consciente de que a educação vai muito além da sala de aula”, compartilha a acadêmica Divina Ellen.

O acadêmico de Letras Cícero Júnior, que também esteve presente na fazenda, destaca que o momento mais marcante da culminância foi perceber que os acolhidos estavam desenvolvendo habilidades artísticas a partir das discussões conduzidas.

“O momento mais marcante, para a minha pessoa, foi quando cada um dos recuperandos, a partir da reflexão dos textos trabalhados, conseguiu assimilar e atualizar para as suas vidas e, consequentemente, apresentar excelentes trabalhos artísticos (no campo da escrita, desenho e música) que mesclavam o contato com o literário e a própria experiência adquirida através dos anos”, finalizou o discente.

Produções artísticas