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Egressos da UESPI do curso de Jornalismo são premiados em evento nacional

Por João Pedro

Os egressos Vinicius Coutinho do curso de jornalismo do campus Professor Barros Araújo, em Picos, e Jhoária Carneiro, do campus Torquato Neto, de Teresina, foram destaque no Folkcom, Conferência Brasileira de Folkcomunicação, que teve como tema “Processos folkcomunicacionais e ativismos antirracistas”, propondo o diálogo com diversos representantes do povo e os pesquisadores da folkcomunicação e de outros temas correlatos.

O evento aconteceu entre os dias 17 a 19 de agosto na Universidade Federal do Recôncavo Bahiano, na cidade de Cachoeira.

​Na categoria documentário, Jhóaria Carneiro foi vencedora e levou o prêmio Prof. Dr. Luís Custódio da Silva de Produção audiovisual com o trabalho intitulado “Liderança e Ativismo: Folkcomunicação na Umbanda da Cabana da Vovó Maria Conga”.

Jhóaria foi aluna do curso de jornalismo no campus Torquato Neto


“Confesso
que fiquei surpresa. Inscrevi o documentário sem pretensão nenhuma, então foi uma felicidade muito grande. Para mim, meu documentário é resultado de muito esforço durante esses últimos meses, principalmente, porque eu estive presente desde a idealização até à edição do material. Ele é o meu xodó e tem um significado especial para mim. Ele é comunicação e resistência”, afirmou.

Ela ainda lembrou que o objetivo era mostra, através do produto audiovisual, como acontece os processos da folkcomunicação. “Através do documentário, eu pude entender que muito do que tange a Folkcomunicação e o levar dessas informações das comunicações desses grupos (como o da cabana) estão ligadas diretamente as lideranças desses grupos. Por isso, no documentário, eu trouxe à tona esses processos de ensino do pai de santo para com os filhos da cabana”.

A pesquisadora agradece ainda a orientação do Professor Flávio Santana, que foi fundamental no desenvolvimento da pesquisa.

Vinicius na apresentação do seus trabalhos

O também ex-aluno da UESPI, Vinicius Coutinho, também participou do evento com o artigo  “São João de Petrolina 2023: as estratégias de folkmarketing para atração turística e a descaracterização da festa junina” e ganhou em 1º lugar com o Prêmio Prof. Dr.
Sérgio Mattos de Pesquisa em Folkcomunicação.

Além disso, ele ficou em segundo lugar com o  Prêmio Prof. Dr. Oswaldo Trigueiro de Fotografia, com a imagem “Mãos que matam a fome” feita na feira livre de Picos-PI.

O egresso, e agora jornalista, ressaltou que gosta muito da área de folkcomunicação e que representa uma importante conquista acadêmica. “Trabalhar com a folkcomincação é muito importante, porque é uma teoria bastante assertiva enquanto a comunicação dos marginalizados. A teoria foi apresentada para mim no início do curso e, até então, tem sido muito prazeroso estudá-la”.

Ele ainda agradece o reconhecimento de seus trabalhos e ainda dedica os prêmios aos estados do Piauí e da Bahia. “Foi uma alegria enorme por representar o Piauí no evento e voltar com prêmios é uma força muito grande para nós pesquisadores. Com isso, a gente continua resistindo através da pesquisa em uma país que não valoriza seus pesquisadores”.

Coutinho lembra também do apoio que recebeu na UESPI para desenvolver e ter o interesse pela pesquisa e agradece a instituição pela força nessa caminhada.

 

TCC Destaque

A egressa do curso de Jornalismo do campus Professor Barros Araújo, Ábia Ramos, dirigiu o documentário “Memórias do Beco da Raposa: diversidade cultural no coração da cidade de Picos-PI” como projeto de conclusão de curso, TCC.

No documentário engloba cultura local da capital do mel e memórias de um espaço da feira livre de Picos conhecido como beco da repousa.

Foi um processo de longo prazo. A ideia inicial era bem mais ampla, maior do que eu poderia abarcar em uma só pesquisa, inclusive. Fui amadurecendo a ideia aos poucos e a minha orientadora, Professora Mayara, ajudou muito a enxugar e amadurecer até chegar em algo mais sólido”, disse.

A jornalista relatou ainda que escolheu a produção do documentário voltada com o tema ao resgate das memórias do beco da raposa porque lembra sua paixão por cultura e história local. “Eu já tenho afinidade e prática com o audiovisual e, por gostar muito da área, gostaria que o meu trabalho de conclusão de curso fosse nesse formato. Também sempre adorei discutir sobre cultura, identidade e sempre quis que o meu trabalho fosse uma contribuição não somente para a academia uespiana, mas para a cidade também. Como não dava para abarcar toda a cultura da cidade, fui afunilando até chegar ao Beco da Raposa, que carrega o seu próprio universo cultural. Após a escolha do tema, optar pelo vídeo documentário foi ainda mais certeiro, pois é importante para mim que as pessoas do Beco da Raposa tenham acesso ao material, o que não seria possível da mesma forma caso o meu trabalho fosse uma monografia, por exemplo”, afirmou.

Ábia disse também que o termino da pesquisa é uma mistura de sentimentos que se faz presente em toda a pesquisa e na conclusão isso se torna mais evidente. “No começo dá uma bad inexplicável, não nego. É um sentimento que não dá para descrever. É simplesmente um dos ciclos mais importantes da sua vida sendo finalizado. Aquela sensação de conquistar algo que você idealizou por muito tempo. Acho que resumindo é o questionamento de o que fazemos depois que o sonho é realizado? E a vida só continua. Você conclui esse ciclo já pensando ou até mesmo vivendo os próximos. Mas não importa qual tipo de aluno você seja, sempre vai sentir o apego, porque isso faz parte da nossa humanidade”.