Por: Danilo Kelvin
Alunos da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) criaram um projeto social de Jiu-jítsu com o objetivo de promover saúde e bem-estar na comunidade. Vitória Raquel, do 9º período de Fisioterapia, e Lucas Ronald, do 3º período do Bacharelado em Educação Física, ambos do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina, estão à frente desta iniciativa desde setembro de 2023.
O projeto é realizado em parceria com a Igreja Batista Avançar, do Bairro Saci, que cede o espaço para a realização dos treinos. A iniciativa tem atraído diversos participantes e proporcionado atividade física voltada ao esporte para a comunidade do bairro e arredores.
Objetivos e Necessidades do Projeto
Segundo Vitória Raquel os objetivos do projeto são muitos, incluindo a expansão do local de treino para a quadra da igreja, que oferece um espaço mais amplo, mas que necessita de algumas reformas estruturais. Além disso, há a necessidade de kimonos para os alunos que ainda não possuem a vestimenta adequada, além de transporte para os atletas em dias de campeonato. O projeto busca patrocínios para custear as necessidades, as inscrições em competições e também para manter o professor faixa preta, cinco vezes campeão piauiense, que atualmente ministra as aulas.
“A prática do esporte traz inúmeros benefícios e transforma vidas. Toda contribuição ao projeto é válida, desde doações de equipamentos a patrocínios. Como estudante de fisioterapia, almejo também o apoio de fisioterapeutas que possam se interessar e incentivar o nosso projeto de alguma forma,” destaca Vitória Raquel.
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O projeto é realizado em parceria com a Igreja Batista Avançar do Bairro Saci /Foto; Arquivo pessoal
Impacto na Comunidade
Lucas Ronald, também organizador do projeto, compartilhou os desafios enfrentados no início, especialmente na consolidação de um professor faixa preta, essencial para a graduação dos alunos. “No início, o principal desafio foi consolidar um professor faixa preta. Começamos com um faixa roxa, mas ele não pôde continuar, então, eu e a Vitória Raquel, faixa branca, cuidamos do projeto até conseguirmos a ajuda de um faixa preta, que está conosco até agora.”
A integração do projeto com as atividades acadêmicas da UESPI também foi destacada por Lucas, mencionando a aplicação de métodos de meditação e yoga associados ao Jiu-jítsu em parceria com os professores Yula Pires e Francine Batista.
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Sandila, é aluno do protejo desenvolvido pelos estudantes.
Sandila Ferreira Lopes, uma moradora de 13 anos da região beneficiada pelo projeto, relata os benefícios obtidos, mas espera mais ajuda para que o projeto se mantenha em prática. “O que me motivou a participar do Jiu-jítsu foram meus amigos. Os benefícios incluem maior resistência, mobilidade e esforço físico. É bom estar num projeto comunitário porque ele oferece mais oportunidades. Ter o apoio de uma instituição pública é fundamental para conseguirmos mais recursos como tatames, kimonos e transporte para campeonatos.”
Confira mais sobre o projeto através do seu instagram: @avancarbjj.