UESPI

Brasao_da_UESPI.512x512-SEMFUNDO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Governo-do-Piauí-2023_300X129

Grupo de Teatro da UESPI Estreia o Espetáculo “Tambores da Liberdade” em Homenagem ao Poeta Elio Ferreira

Por: Danilo Kelvin

O Grupo de Teatro da Universidade Estadual do Piauí  prepara-se para encantar o público com a estreia do espetáculo “Tambores da Liberdade”, uma comovente homenagem ao poeta e professor Elio Ferreira, destacado nome da cultura afro-brasileira.

Sob a direção de Norma Soely Guimarães,  diretora de teatro, a peça será apresentada no Clube dos Diários, no dia 17 de maio, às 19h, e no Campus ClÓvis Moura, durante o semiário da Pedagogia com foco em Ações Extensionistas na UESPI, no dia 17 de junho , a partir das 17h.

“Quando o professor Silvino de Letras fez o convite para a PREX, imediatamente peguei o livro ‘América Negra’ e começamos a criar cenas com o grupo”, compartilhou a  professora Norma Soely.
“A ideia foi pegar poemas que retratassem as várias faces de Hélio, como negro, como pessoa. Ele era filho do ferreiro e essa ligação com a ancestralidade e os tambores é muito forte.Então, pegamos a sonoridade dos poemas e a origem dele, o filho do Ferreiro, a ligação com a ancestralidade. Pegamos o poema do verbo ‘negra’, o da origem dele, o que ele fala sobre o som ‘negra’. Cada pessoa do elenco não vai só declamar o poema dele, vai criar a imagem corporal, uma cena de interpretação daquele poema”, explicou Soely.

Ela também explicou que a apresentação irá trazer o lado universitário do professor.

“A essência dele é preservada e trazemos esse caminhar de Hélio nessa construção, nessa verbalização, nessa visibilidade do ser negro. O ser negro na universidade, o ser negro escrevendo, o ser negro descobrindo a negritude que ele escreve sobre os quilombos. Ele não é só poeta, também faz capoeira. A gente traz também a capoeira, uma dança com música de capoeira que será cantada pelo grupo. E o boi da cara branca, que ele dá essa interpretação para aquela música que ninou tantas crianças, mas que ela é muito racista, que é aquela que fala o boi da cara preta”, concluiu.

Professora Norma Soely junto com os atores da peça de teatro, ensaiando. (Arquivo Pessoal)

 

 

 

 

 

 

 

A sonoplastia, a cargo de Chico Borges, e a trilha sonora, composta por tambores, música de capoeira e Boi da Cara Branca, prometem ambientar o público em um universo onde a cultura e a resistência se entrelaçam.

Ensaio da peça: “Tambores da Liberdade”. (Arquivo Pessoal)

 

 

 

 

 

 

O elenco:

Anderson Reis, Cairo Brunno, Carlos Taylan, Chico Borges, Ewerton Moraes, Kallyandro Sávio, Róger Stranger, Josy Mascarenhas e a atriz convidada Carol Henrique.

Uma das características marcantes desta produção é a inclusão, contando com tradução em LIBRAS, realizada por William Cardoso, garantindo acessibilidade a todos os espectadores.

“A mensagem que ‘Tambores da Liberdade’ transmite é que o tambor é um símbolo de alegria, de africanidade, é um símbolo nosso, da negritude, do brasileiro”, contextualizou a professora Norma Soely, diretora do Grupo de Teatro da UESPI. “Vamos levar isso junto com os poemas do Elio, porque quando ele diz ‘eu sou negro, da cor de noite escura’, ele não está falando só dele, está falando para todos nós. ‘Eu sou Esperança Garcia’, que ele pesquisou e reforçou essa pesquisa, também é muito importante. É essa essência que estamos trazendo, essa mensagem para o público. Finaliza.