UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

De mulher para mulher: Ciência!

Por Anny Santos, Géssica Feitosa, Katriele Chaves e Priscila Fernandes 

As mulheres podem estar onde quiserem, inclusive na Ciência. No dia 11 de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Em alusão a data e com o objetivo de honrar nomes de mulheres que foram e são destaque na ciência e ainda inspirar outras mulheres, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Assessoria e Comunicação, preparou uma matéria especial que conta a trajetória de mulheres que se destacam em suas respectivas áreas.

A UESPI está comprometida com a promoção da equidade de gênero na Ciência e entende a importância da conscientização da sociedade em relação a promoção da igualdade de direitos, por isso incentiva e propõe dar voz a cientistas e pesquisadoras.

Estudante realiza pesquisa sobre gestação e panorama epidemiológico 

A pesquisadora Ana Cristina de Sousa Baldoino, estudante do curso de enfermagem, do campus Doutora Josefina Demes, em Floriano, vem pesquisando em seu trabalho de conclusão de curso (TCC) o Panorama Epidemiológico e Espacial do hiv/aids em Gestantes no Estado do Piauí, juntamente com sua orientadora, professora mestra Hérika Laura Calú Alves. Ela apresentou seu TCC ontem, dia 09, aprovado pela banca.

Ana Cristina conta que realiza pesquisas sobre o estado de saúde da mulher, envolvendo patologias e questões voltadas para o público feminino.

“Essa temática surgiu a partir do momento que eu quis pesquisar mais sobre o HIV. Eu ia atrás do próprio DataSUS, dos dados que são disponíveis para domínio público e percebi que não tinha dados referentes a mulheres com HIV, especificamente, sobre mulheres gestantes. Essa ideia me veio desde o 5° período. Conversei com minha orientadora e pensamos juntas como poderíamos pesquisar sobre esse tema. Foi bem desafiador pelos dados escassos, o que torna nossa pesquisa pioneira sobre este tema no Estado do Piauí”, destaca Ana Cristina.

A professora mestra Hérika Laura Calú Alves, orientadora de Ana Cristina, concorda com a orientanda quanto a especificidade dessa pesquisa para o momento atual.

“Com a amplitude e consequências do HIV/AIDS, especificamente na gestante, é importante a realização da vigilância epidemiológica para conhecer o perfil e compreender a realidade dessas mulheres”, explica a orientadora.

Ana Cristina pretende continuar os estudos e levar o trabalho científico para um possível programa de mestrado, porque entende a importância de pesquisas voltadas ao público feminino.

Aluna do curso de Jornalismo conta sobre sua relação com a pesquisa 

Vitória Pilar sempre quis ser professora e viu na pesquisa um caminho para ingressar na docência. Com isso, desde os primeiros períodos do curso, ela se inscreveu no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da Universidade, onde fez dois PIBIC relacionados à perspectiva da história da mídia e gênero, tentando entender as transformações que a sociedade causa para as mulheres numa perspectiva histórica.

“No meu primeiro PIBIC, eu estudei sobre as representações femininas nas revistas feitas para mulheres, identificando o que era ser mulher para essas revistas do século passado, de 1910 a 1960, que circulavam pelo Brasil. Observei que era uma época em que as mulheres não eram vistas como ativas na sociedade, então fiquei curiosa para estudar esses aspectos”, destaca.

Vitória sempre envolveu suas pesquisas com a representatividade das mulheres. A graduanda desenvolve, atualmente, a pesquisa  “As representatividades das profissionais do sexo na mídia”. O estudo é o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que resultará em um livro-reportagem.

“O trabalho é uma investigação sobre como é representada a prostituta na mídia. Ao final, quero transformar o TCC em um um livro reportagem. Na verdade não somente sobre prostitutas, pois elas são lideres da Associação de Prostitutas no Norte e Nordeste, sendo um livro que abordará também sobre diretos sexuais, ativismo, militância, ocupação de mulheres que estão à margem em locais de decisões das organizações de sua categoria e assim conseguir reivindicar políticas publicas”, conta.

Mulher na pesquisa é a representatividade para outras. A discente finaliza com uma mensagem para todas as mulheres pesquisadoras.“Então isso mostra o quanto que nós somos capazes de ocupar esses lugares e que nunca houve essa de que somos menos capazes, somente não éramos incentivadas e estimuladas. E, agora, vemos que com incentivo e com adesão as mulheres fazem parte da linha de frente de vários setores da pesquisa e contribui de forma significativa toda a sociedade”.

UESPI incentiva a pesquisa para todas e todos 

Na UESPI, os alunos têm a oportunidade de participar de vários programas de incentivo à pesquisa, tendo como foco o desenvolvimento da sua carreira acadêmica. O Pró-Reitor da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Professor Doutor Rauirys Alencar, afirma que a mulher ocupa um lugar de destaque, ampliando a sua atuação e contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e o da ciência como um todo, não somente a nível nacional mais internacional. 

“As mulheres sempre foram pioneiras na Educação e sempre esteve à frente do processo educativo, isso em nível fundamental e médio. Hoje, a gente observa que elas são maioria no ensino superior, sendo mais de 60%”.

O professor finaliza falando sobre a importância da data. “É uma data que precisa ser reconhecida e reforçamos que na UESPI todos e todas têm oportunidades para desenvolver-se”.