Por: Eduarda Sousa
Nesta terça-feira (03), os alunos do 8º período do curso de Zootecnia realizaram a 1ª Feira de Apicultura e Meliponicultura na Quitanda Familiar da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). A iniciativa surgiu a partir de uma atividade em sala de aula, com o objetivo de apresentar à comunidade acadêmica os conhecimentos adquiridos no curso, além de destacar a importância das abelhas para a conservação ambiental e a produção de alimentos.

1ª feira de apicultura e meliponicultura
A feira também buscou desmistificar a ideia de que todas as abelhas possuem ferrão. “Hoje, na produção urbana, é possível trabalhar com abelhas sem ferrão, sem qualquer problema. É importante difundir o conhecimento sobre essas duas espécies, pois tanto as com ferrão quanto as sem ferrão têm relevância ambiental, econômica e social seja na produção de alimentos, subprodutos ou na geração de renda para os produtores”, destacou a professora Ginna Azar.
O evento foi organizado em quatro equipes temáticas. Uma delas apresentou os produtos da apicultura e meliponicultura, outra abordou a anatomia e morfologia das abelhas, a terceira explicou os equipamentos e materiais utilizados na produção, e a quarta detalhou a flora apícola e melípona plantas que fornecem néctar e pólen essenciais para a produção de mel.
Durante a feira, foi apresentada a estrutura corporal das abelhas. “O nosso trabalho basicamente consiste em explicar a anatomia e morfologia das abelhas. Nele, mostramos como funciona a cabeça, o tórax, o abdômen e todas as partes que compõem esse pequeno ser, que tem tanta importância para a nossa vida. Também explicamos o ciclo de vida das abelhas, passando pelas fases de larva, pupa, até chegar à fase adulta”, pontuou a discente Karol Alves.

Anatomia e morfologia das abelhas
A equipe responsável pela flora apícola destacou a importância das plantas que servem de alimento para as abelhas. “A flora apícola é, basicamente, o alimento das abelhas. É fundamental estudarmos essas espécies vegetais, pois são essenciais não apenas para a produção do mel que é o produto mais conhecido, mas também para o equilíbrio ambiental, a sustentabilidade e a economia”, destacou a discente Bianca Lígia.
O estande “Tesouros da Colmeia” trouxe uma exposição dos principais produtos das indústrias de apicultura e meliponicultura, como mel, própolis, cera e derivados. A atividade contou com a parceria da empresa Abmel, distribuidora especializada em mel de abelhas nativas. O estande apresentou uma linha variada de produtos, incluindo velas artesanais, sabonetes de mel, desodorante a base de mel, panos de cera de abelha e méis variados. “Também trouxemos kits para presente e uma seleção de mel para degustação, com o objetivo de mostrar a diversidade dos produtos e aproximar o público do que é produzido na indústria”, explicou a aluna Adrielle Araújo.
João Victor, integrante da equipe que apresentou os equipamentos utilizados na prática apícola, destacou os itens de segurança e manejo. “Mostramos aqui os EPIs, como chapéu, jaleco e botas, feitos com materiais resistentes como brim e ilonita, que protegem o apicultor e evitam danos à colmeia. Também trouxemos o fumigador, que emite fumaça vegetal como de caveto ou folhas secas usada para acalmar as abelhas e facilitar o manejo durante a extração do mel e do pólen”, explicou.

Itens de segurança utilizados na prática apícola
Além disso, os alunos apresentaram caixas de melíponas, abelhas nativas sem ferrão para demonstrar as particularidades do manejo dessas espécies. A feira proporcionou uma verdadeira imersão no universo das abelhas, aproximando o público da realidade produtiva, científica e sustentável da apicultura e meliponicultura no Piauí.