Por Raíza Leão
O programa estadual Pró-Equidade de Gênero, Raça e Diversidade realizou uma mesa temática no auditório do Palácio Pirajá com o título “UESPI Equidade: Homens e Mulheres Aliados na Luta Contra a Violência de Gênero“. O evento reuniu membros da comunidade acadêmica para discutir a importância da colaboração entre os gêneros no combate às violências persistentes em nossa sociedade.
A mesa foi composta pela promotora pública, Dra. Maria do Amparo Paz, pelo assistente social, José do Nascimento e com a mediação da Assistente Social, Eulina Coelho, que trouxeram perspectivas práticas e teóricas sobre o papel das instituições e da sociedade na promoção da equidade e no enfrentamento à violência de gênero. A promotora destacou a importância de políticas públicas eficazes e da conscientização coletiva, enquanto o assistente social reforçou a necessidade de envolver homens como aliados ativos nessa causa.
O Comitê responsável pelo programa inclui a Professora Nadja Pinheiro, Coordenadora do Parfor Equidade; a Assistente Social, Eulina Coelho; a Diretora da Facime, Profa. Fabiana Teixeira; o Psicólogo João Victor Cavalcante; o Assistente Social, Rubens Dias; e a Professora e Diretora do DPPE, Samaira Souza. Juntos, eles se dedicam a promover a equidade e a diversidade na universidade, desempenhando um papel crucial na implementação das ações do programa.
Durante o evento foram exibidos slides em alusão ao Agosto Lilás, comemorando os dezoito anos da Lei Maria da Penha, e reforçando a importância da conscientização e da legislação no combate à violência doméstica.
A palestrante Dra. Maria do Amparo Paz destacou a importância do ambiente universitário como um espaço para debater e transformar atitudes machistas, promovendo a equidade de gênero e o respeito por mulheres, crianças e adolescentes. Ela enfatizou a necessidade de incluir os homens na discussão sobre violência de gênero, uma vez que muitos comportamentos problemáticos estão associados a atitudes masculinas. A mensagem central da palestra foi que a luta contra a violência de gênero deve unir homens e mulheres, colaborando para erradicar o problema e não tratando a questão como um conflito entre os gêneros.
Dando continuidade ao tema, José do Nascimento, assistente social, enfatizou que a universidade, sendo um ponto de transição da juventude para a vida adulta, oferece uma oportunidade única para que os jovens adquiram uma compreensão mais profunda sobre igualdade de gênero e combate à violência. Ele ressaltou que essa abordagem é crucial para prevenir problemas futuros, como a violência doméstica, e para promover uma sociedade mais justa e harmoniosa. Além disso, ao discutir esses temas no ambiente universitário, alinha-se o nível de maturidade dos alunos com as questões de gênero e violência, preparando-os melhor para contribuir positivamente para a sociedade.
O Reitor, Professor Dr.Evandro Alberto, esteve presente no evento e ressaltou que o debate sobre violência de gênero dentro da universidade é crucial porque contribui para a mudança cultural, promovendo dignidade, igualdade e equidade. Ele enfatizou que o Comitê de Equidade da Universidade Estadual do Piauí está comprometido com esses valores e a participação de especialistas como a Dra. Maria do Amparo Paz e José do Nascimento, que possuem vasta experiência em direitos das mulheres e enfrentamento da violência, agregam um valor significativo ao evento. “Esse tipo de discussão é essencial para reforçar as políticas públicas voltadas para a proteção dos direitos das mulheres e para promover uma maior conscientização sobre a equidade de gênero, reafirmando o compromisso da universidade com essas questões”.
A presidente da comissão de Ações Afirmativas, professora Samaira Souza, avaliou positivamente a primeira mesa temática da quarta edição do programa Pró-Equidade, considerando-a um sucesso. Ela destacou que “o evento representa o início de uma série de ações planejadas para combater a violência contra a mulher”. Segundo a Profa. Samaira, o programa Pró-Equidade implementado pela UESPI por meio de comitê interno traz uma nova abordagem sobre questões de gênero, raça e diversidade para a universidade.
“A mesa temática não é um evento isolado, mas sim o ponto de partida para um cronograma mais amplo que se estenderá de agosto a dezembro. Esse cronograma inclui mesas de discussão, palestras e oficinas, complementando as iniciativas já em andamento na universidade, como o Núcleo de Violência contra a Mulher, a Comissão de Gênero e o Núcleo de Acessibilidade”, afirmou.
O programa está aberto a toda a comunidade da UESPI, englobando bolsistas, técnicos, servidores e terceirizados. Esse caráter inclusivo é importante para garantir que todos os membros da comunidade acadêmica participem e contribuam para a promoção da equidade e da conscientização sobre a violência de gênero.