Por João Fernandes
As campanhas de saúde colorem cada mês do ano. Fevereiro é o mês Roxo e Laranja e as cores buscam conscientizar a população sobre os cuidados e prevenção contra Lúpus, Alzheimer, Fibromialgia e Leucemia. O objetivo da campanha é chamar atenção dos indivíduos, das instituições, da sociedade e das autoridades para as necessidades relacionadas às doenças crônicas.
Nesse sentido, veja como a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) auxilia na prevenção e tratamento contra o Alzheimer.
O Alzheimer é uma das doenças neurológicas mais comuns entre os brasileiros. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) aproximadamente 2 milhões de pessoas sofrem de alguma patologia, destes, cerca de 40% a 60% são especialmente decorrente aos sintomas do Alzheimer.
Embora a doença ainda não possua uma forma de prevenção específica, manter a cabeça ativa e uma vida social regada a bons hábitos como nutrição, yoga, dança, teatro e produção de textos são formas de controlar e retardar os sintomas. Algumas destas atividades são oferecidas pelo programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), da UESPI durante seus quase 15 anos de atuação.
Segundo o Professor Moisés Mendes, Coordenador da UNATI, as capacitações ofertadas pela Universidade contribuíram não somente na formação dos alunos, como também como uma ferramenta na promoção de qualidade de vida destas pessoas. Segundo ele, indivíduos que possuem formação superior tendem a ter sintomas de forma mitigada.
“A educação continuada para os idosos contribui através do incentivo ou aprimoramento do hábito regular de leitura mais também pode ser um fator importantíssimo para a prevenção ou adiamento dos sintomas de demências. Por exemplo, a leitura é um dos fatores que pode aumentar a reserva cognitiva, ou seja, a capacidade do cérebro de se opor aos efeitos de algum tipo de dano cerebral, situação que ocorre no Alzheimer”, destaca o professor.
Através do ensino, a UNATI contribui no processo de educação continuada aos idosos. Promovendo palestras e ações extensionistas com equipes multidisciplinares que atuam como voluntários nos projetos ofertados, o programa procura oferecer uma melhor qualidade de vida para pessoas a partir de 55 anos de idade, por meio da participação em atividades físicas, acadêmicas, culturais e de lazer.
“O Alzheimer acarreta perda de memória e com a evolução da doença pode prejudicar o pensamento, o reconhecimento, a linguagem, além da capacidade de planejamento e a personalidade. As atividades oferecidas pela UNATI podem atuar, principalmente, no combate e tratamento desse processo degenerativo”, acrescenta o professor.
Maria de Inês, de 67 anos de idade, é aluna da UNATI e conta com satisfação os benefícios já alcançados, principalmente por, constantemente, participar das atividades ofertadas. Hoje, ela participa de projetos de dança e teatro. “A UNATI melhorou muito minha vida e minha saúde. Antes, meu tempo ocioso era usado somente para usar o meu celular. Agora, me sinto melhor com aprendizados que fortalecem minha memória, como por exemplo, aprendendo a ler em inglês. Ainda participo de atividades de dança, exercícios físicos, teatro, yoga e várias outras disciplinas que contribuem para nosso envelhecimento e ativo e saudável e ainda eleva nossa autoestima“, destaca a aluna.