Por: Lucas Ruthênio
Na manhã desta quinta-feira (12), o curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, realizou a I Mostra de Libras com o tema “Legenda para quem não ouve, mas se emociona”. A atividade teve como objetivo valorizar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e promover a conscientização sobre os direitos e a cultura da comunidade surda.
A iniciativa partiu da disciplina de Libras, ministrada pela professora Telma Franco, que observou o grande interesse dos alunos em aprender a língua. A docente destaca que a proposta surgiu após a realização de um evento de batismo surdo, no qual estudantes do 2º e 9º blocos receberam sinais próprios com a participação de membros da comunidade surda. “Esse momento foi muito significativo e despertou ainda mais o desejo dos estudantes de se engajar na valorização da Libras. A mostra foi pensada justamente para manter essa motivação e dar visibilidade à cultura surda”, afirma.
A temática do evento remete a uma campanha nacional que defende o direito à acessibilidade por meio de legendas em conteúdos audiovisuais e em eventos. “A frase ‘Legenda para quem não ouve, mas se emociona’ foi criada a partir dessa mobilização, que envolveu várias associações da comunidade surda. Ela resume a importância de garantir o acesso à informação para todos”, explica a professora.
Durante a mostra, os alunos montaram uma exposição interativa com brinquedos, jogos e brincadeiras em Libras. O público pôde aprender, de forma lúdica, desde o alfabeto manual até sinais do cotidiano, como verbos e expressões comuns. “Os estudantes escolheram os sinais que demonstraram maior domínio e ensinaram para os visitantes. Foi um momento de troca muito rica e acessível”, conta Telma Franco.
A atividade também destacou o papel essencial da Libras no ambiente educacional, especialmente na formação de futuros professores. “Garantir a participação efetiva de pessoas surdas em espaços escolares passa pelo conhecimento e pelo uso da Libras. Mesmo uma comunicação básica já pode fazer uma grande diferença na inclusão de alunos surdos”, reforça.
Segundo a docente, o envolvimento dos alunos superou todas as expectativas. “A participação deles foi fantástica, desde o batismo até a mostra. Estão realmente engajados e conscientes da importância de promover acessibilidade. Isso nos dá esperança de um futuro educacional mais inclusivo”, conclui.
O evento teve o apoio da coordenação do curso de Pedagogia e da direção do campus da UESPI em Campo Maior.