Por Anny Santos
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2022-2026 é um documento de planejamento estratégico da UESPI, composto pelo propósito organizacional da universidade em termos de valores, missão, objetivos, estratégias, metas e ações, delimitando os domínios de atuação com vistas ao fortalecimento da Instituição.
Joseane Leão, Pró-reitora Adjunta de Planejamento e Finanças (PROPLAN) e uma das elaboradoras, afirma que o PDI, além de um planejamento estratégico, é um importante documento para a Avaliação Institucional e uma ferramenta imprescindível para uma boa gestão. Segundo ela, frequentemente são pensadas ações que os aproximem dos objetivos determinados.
“O PDI abre diálogos com o Governo do Estado, outros agentes, deputados e até mesmo com a iniciativa privada no que se refere a investimentos para a Instituição. A programação contida nele estabelece prioridades, além de nos ajudar a entender as melhorias necessárias para o avanço da Universidade. Isso não significa que nos limitamos a ele, mas o utilizamos como uma base de prioridades”, destaca.
Como acompanhar os avanços?
Embora impresso, o documento é dinâmico, sempre em fase de alteração, monitoramento e avaliação. Segundo a Pró-reitora Adjunta, ao final de 2023, será realizado uma revisão para estabelecer o que pode e precisa ser alterado com o intuito de atender as demandas de cada campus e centro.
É importante destacar que, por ser uma universidade multicampi, a participação de toda a comunidade acadêmica, docentes, discentes e funcionário técnicos administrativos foi de grande relevância para definição das prioridades, necessidades e anseios prioritários de cada unidade.
De acordo com a Profª. Joseane Leão, anualmente, é realizado o Relatório de Gestão, que serve para que o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE) e a própria comunidade acadêmica possam acompanhar o que já foi realizado e o que ainda precisa ser alcançado pela UESPI. “Semelhante a este, o Relatório de Ações, que está em fase de conclusão, será direcionado ao PDI para compreender as metas que constam no documento e o que precisa ser feito para atender todas as demandas”.
Principais metas globais do PDI
A Pró-reitora Adjunta destaca, ainda, que apesar de algumas metas serem semelhantes ao Plano passado, a criação desse novo PDI com o apoio de ferramentas tecnológicas, a partir do desenvolvimento do Sistema de Elaboração, também o diferencia do anterior.
“Aprimorar um modelo de gestão participativa, integrado e eficiente que conduza à eficácia das ações de gestão, fortalecer o engajamento da comunidade acadêmica, por ações de transformação local, regional e global, fortalecer as políticas de responsabilidade social, de inclusão, de acessibilidade, de atividades culturais, de produção artística, de sustentabilidade e de respeito à diversidade e expandir as atividades de pesquisa nas diversas áreas, considerando o caráter multidisciplinar, potencializando inovação, visando disseminar a cultura de inovação e atendimento às demandas da sociedade e dos setores produtivos são apenas algumas das metas que estão incluídas”, pontua.
As metas globais para o PDI 2022-2026 foram definidas com base nos principais destaques ressaltados pela comunidade acadêmica nas reuniões e consultas voltadas à necessidade de avanço nas dimensões de gestão acadêmica e administrativa, melhor avaliação institucional das atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, bem como avanço nas políticas de Assistência Estudantil e melhoria das instalações físicas e estruturais para os próximos anos.
Metas 1 e 2: Fortalecimento da cultura de gestão financeira da UESPI, perseguindo a lógica da participação, da corresponsabilidade e discussão para alcançar autonomia financeira que permita o cumprimento das atividades fins estabelecidos nos documentos institucionais de planejamento, Plano Plurianual (PPA), Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e fortalecer e aprimorar um modelo de gestão participativa, integrado e eficiente que conduza à eficácia das ações de gestão.
Metas 3 e 4: Fortalecer o engajamento da comunidade acadêmica, por ações de transformação local, regional e global capazes de contribuir para a melhoria de sustentabilidade, bem-estar, 30 cidadania e qualidade de vida a todos e a todas e elevar os conceitos de avaliação dos cursos de graduação no ENADE, de forma que o percentual de cursos com conceito 4 ou 5, ultrapasse os 35% em 2024, atingindo 45% em 2026, bem como que os demais cursos obtenham, no mínimo, o conceito 3.
Metas 5 e 6: Fortalecer as políticas de Responsabilidade Social, de inclusão, de acessibilidade, de atividades culturais, de produção artística, de sustentabilidade e de respeito à diversidade e expandir as atividades de pesquisa nas diversas áreas, considerando o caráter multidisciplinar e as demandas e potencialidades dos Territórios de Desenvolvimento.
Metas 7 e 8: Expandir, democratizar e qualificar a oferta de graduação, pós-graduação e extensão no Estado do Piauí de modo integrado às potencialidades e às demandas dos Territórios de Desenvolvimento, fortalecendo o tripé ensino-pesquisa-extensão e coordenar, dirigir e executar as atividades administrativas com ênfase naquelas relacionadas à infraestrutura de pessoal, material, transporte, vigilância, obras e conservação do patrimônio visando a melhorias do desempenho das atividades acadêmicas.
Metas 9 e 10: Consolidar e ampliar a qualidade do corpo docente, através da qualificação acadêmica ao nível de Doutorado e Pós-doutorado e implementar ações no âmbito da Política de Inovação, visando disseminar a cultura de inovação e empreendedorismo, com atenção especial à interação entre a pesquisa e a extensão e às demandas da sociedade e dos setores produtivos.