Por: Lucas Ruthênio
O Projeto Biblioteca Móvel da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) celebrou seis anos de existência com a realização de um Café Literário, no último dia 19 de setembro, no Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior. O evento reuniu estudantes, professores e a comunidade acadêmica em um momento de confraternização e valorização da leitura, reafirmando o impacto da iniciativa no município e na formação de futuros docentes.

Criado em 2019, o projeto surgiu a partir de ações do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). A proposta inicial era oferecer às crianças das escolas parceiras acesso a livros adequados à faixa etária, promovendo atividades de incentivo à leitura em espaços escolares. Para viabilizar a ideia, foi adaptada uma Kombi que passou a circular levando o acervo às instituições de ensino.
Com o encerramento do PIBID em 2020, a iniciativa ganhou novo formato e se consolidou como programa de extensão, ampliando o alcance para praças, eventos culturais e outras escolas da região, em parceria com a Secretaria de Educação de Campo Maior.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Ana Gabriela Nunes, essa mudança fortaleceu o vínculo com a comunidade e expandiu a missão da Biblioteca Móvel. “Hoje, o projeto já é conhecido em Campo Maior. A comunidade é quem solicita a nossa participação. É uma prova de que a ideia foi abraçada e de que acreditam na importância da leitura para a formação das crianças e adolescentes”, afirma.
Ao longo dos seis anos, o Biblioteca Móvel se consolidou como um espaço de acesso democrático ao livro e de formação cidadã. Para a professora, o legado da iniciativa está no fortalecimento da leitura como base para o desenvolvimento integral.
“O principal legado do Biblioteca Móvel é a reafirmação do compromisso com a leitura, que deve ser assumido por todos: famílias, escolas e também a universidade. A leitura é uma base sólida para o desenvolvimento das crianças, e não podemos deixar que a tecnologia ocupe sozinha esse espaço formativo”, ressalta.

Celebração com literatura e integração
O Café Literário, realizado em alusão ao aniversário do projeto, contou com exposições de livros, empréstimos rotativos de obras solicitadas pelos alunos, mural literário, momentos musicais e espaço para confraternização. A proposta foi envolver estudantes de diferentes cursos de licenciatura da UESPI, além de discentes de outras instituições, promovendo troca de experiências e incentivo à leitura.
A coordenadora destacou ainda a importância simbólica da data de 19 de setembro, quando a Kombi do projeto chegou ao campus e marcou o início da história da Biblioteca Móvel dentro da universidade.
“19 de setembro foi a data que a Kombi chegou aqui no Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, e é um dia simbólico pra gente lembrar essa conquista, que é o projeto chegando à universidade, abraçando essa causa. Até porque o nosso acervo começou com doações de alunos da comunidade acadêmica, que se envolveram e abraçaram essa ideia. Então, nada mais justo do que celebrar com eles”, afirmou a professora.
Mais do que uma confraternização, o Café Literário evidenciou o papel formativo do projeto na vida acadêmica dos estudantes. O contato com diferentes gêneros literários, a oportunidade de compartilhar impressões sobre obras e a vivência em atividades culturais fortalecem habilidades essenciais para a docência e ampliam a formação integral dos participantes.
“Esse café foi muito importante porque mostrou que a formação acadêmica não se limita às disciplinas dos cursos. Os alunos podem aprender com diferentes tipos de literatura, compartilhar gostos e socializar com colegas de outros cursos. Isso amplia a formação e estimula uma vivência acadêmica mais integral”, explica a professora Ana Gabriela.
Seis anos após sua criação, o Projeto Biblioteca Móvel segue como referência de extensão universitária, fortalecendo a aproximação entre universidade e comunidade.







