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Acadêmicos de Pedagogia da UESPI realizam aula de campo na APAE de Campo Maior

Por: Lucas Ruthênio

A turma do 6º período do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Campo Maior, participou de uma aula de campo na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município. A atividade foi promovida pela professora Telma Franco, dentro da disciplina Fundamentos da Educação Especial, e teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma vivência prática sobre o atendimento educacional especializado.

Segundo a professora Telma Franco, a proposta da visita surgiu da necessidade de aproximar os futuros pedagogos da realidade da Educação Especial, indo além do conteúdo teórico discutido em sala de aula.

“A disciplina aborda toda a historicidade da Educação Especial, desde o período da integração até a fase atual de inclusão, além da legislação e das conquistas dessa área. Mas só a teoria não é suficiente. É preciso vivenciar essa realidade para que os alunos adquiram competências e se engajem verdadeiramente na área”, destacou a docente.

Durante a visita, os estudantes puderam conhecer de perto as ações pedagógicas, artísticas e de desenvolvimento de habilidades manuais realizadas pela APAE. A instituição atende, principalmente, pessoas com deficiência intelectual, oferecendo atividades voltadas ao fortalecimento das competências cognitivas, motoras e sociais dos atendidos.

Eles desenvolvem ações pedagógicas e artísticas, trabalham habilidades manuais e cognitivas, e estão estruturando uma clínica para atendimento multidisciplinar, com profissionais de áreas como fonoaudiologia, psicologia e psiquiatria. É um trabalho muito bonito, que mostra o compromisso com o desenvolvimento integral das pessoas com deficiência”, relatou a professora.

A docente ressaltou ainda que a experiência permite aos alunos compreenderem que as pessoas com deficiência são sujeitos de direitos e de potencialidades, e não apenas suas limitações. “Essas visitas ajudam os estudantes a enxergar o sujeito a partir de suas potencialidades. Eles aprendem que, com metodologias adequadas e suporte pedagógico, é possível estimular o desenvolvimento e promover uma educação realmente inclusiva”, afirmou.

Além da observação das atividades, o momento foi marcado por uma troca de conhecimentos entre os profissionais da APAE, a professora e os discentes. “Tivemos a presença da coordenadora pedagógica, da professora de Educação Física e da diretora da instituição. Essa interação foi fundamental para associar teoria e prática. Os alunos ouviram relatos de casos, fizeram perguntas e puderam compreender melhor os desafios e as demandas da Educação Especial”, explicou Telma Franco.

A professora também adiantou que esta foi a primeira de uma série de seis visitas planejadas, que incluirão novas experiências de campo e culminarão em uma mesa-redonda sobre inclusão e práticas pedagógicas na Educação Especial, prevista para o fim de outubro e início de novembro.

A atividade integra o cronograma da disciplina e busca fortalecer a formação prática dos estudantes, promovendo o contato direto com instituições que atuam na área da Educação Especial.