Nessa terça feira (20), foram publicadas na página 6 da Revista da Propriedade Industrial do INPI as primeiras propriedades intelectuais da Universidade Estadual do Piauí que estão registradas através do Núcleo de Inovação Tecnológica da Uespi no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.
Estas são tituladas como Observa COVID Busca Ativa e Observa COVID Barreira Sanitária criadas pelo Professor Dario Brito Calçada, John Kevid Rodrigues Cardozo e Renan Fialho do Nascimento na data de 24 de julho de 2020.
O registro diz respeito a dois aplicativos que auxiliam na coleta de dados ao combate à pandemia. O intuito é que eles sejam utilizados pelas prefeituras e secretarias municipais de saúde para a coleta e acompanhamento em tempo real destas informações.
Segundo o professor Dario Calçada o Núcleo de Inovação foi fundamental para a abertura desses registros dos softwares produzidos na Universidade, e também o GEDAI, Grupo de Estudo e Desenvolvimento de Aplicações Inteligentes, que é coordenado por ele e que possui uma grande produtividade em aplicativos, sistemas, artigos científicos, pesquisas.
“Este grupo precisava de uma demanda para poder fazer os registros. O apoio do NIT e do reitor, Prof. Evandro Alberto, foram fundamentais para que eu e meus alunos pudéssemos, agora, comemorar esses registros dos dois programas voltados para o combate à pandemia. Temos uma questão social, pois os programas podem auxiliar equipes da saúde no combate à COVID, temos uma questão econômica, porque pode gerar entrada de recursos que favorecem a pesquisa, que é o último fator importante desse registro dos programas”, afirmou o prof. Dario.
Renan Fialho, um dos componentes do grupo GEDAI, afirma que o registro em patente destas duas propriedades intelectuais é de extrema importância, porque se tratam de um projeto que surgiu através de ideias que o professor Dario levou ao grupo. “Como pesquisador e desenvolvedor, eu considero uma participação muito boa, pois foi uma experiência dinâmica em relação ao projeto. Já como aluno, foi bastante útil esse registro para o mestrado, doutorado, mas a oportunidade de poder fazer algo, principalmente durante a pandemia, por estar contribuindo com a sociedade”.
Para a professora Dra. Vanessa Alencar a importância desse registro está no incentivo “de que mais pesquisadores transformem o seu conhecimento em propriedades intelectuais, sejam em patentes, softwares, identificação geográfica ou desenho industrial e que isso seja repassado a sociedade e ao mercado, fazendo a transferência dessa tecnologia da Universidade para a sociedade”.
Propriedade Intelectual é definida pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual como a soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas e científicas, interpretações dos artistas intérpretes e a execução dos artistas executantes, aos fonogramas e emissões de radiodifusão, invenções em todos os domínios da atividade humana, às descobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais, às marcas industriais, comerciais e de serviço, bem como firmas comerciais e denominações comercias, à proteção contra a concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividade intelectual nos domínios industrial, cientifico, literário e artístico.
E os direitos obtidos por meio da Propriedade Intelectual proporcionam retorno econômico para quem investe esforço e trabalho no desenvolvimento de criações intelectuais.
Para o reitor, Prof. Evandro Alberto, esse registro é mais uma confirmação da qualidade e responsabilidade da comunidade acadêmica da UESPI. “Estou muito feliz com o registro desses dois programas no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. A nossa UESPI está no caminho certo quanto ao ensino, pesquisa e extensão. Temos muita confiança na nossa comunidade acadêmica e, por isso, tenho certeza de que novos registro virão. Quero parabenizar todos os envolvidos para a realização dessa conquista”, finalizou o reitor.