UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

“Humanismo Cabloco”: Projetos capacitam jovens rurais para a mudança

Por Roger Cunha

O programa de extensão Humanismo Caboclo, vinculado à coordenação de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Torquato Neto, está promovendo a formação político-social de jovens do campo por meio da capacitação para identificar desafios em suas comunidades e propor soluções através de projetos sociais.

O Humanismo Caboclo se concentra nas áreas temáticas de Educação e Cultura e desde a sua criação, em 2010, o programa adota uma abordagem humanista que valoriza a superação das opressões e promove a construção de percursos sociais onde os jovens se constituem como seres integrais. Além de fomentar a conscientização política e social, o programa também incentiva o protagonismo juvenil e contribui para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.

“Formação Político-Social de Jovens do Campo” na EFA (Escola Família Agrícola) de Miguel Alves.

O professor e coordenador do programa extensionista, Prof. Luciano de Melo, explica que o programa surgiu quando ele estava fazendo o Doutorado.  “Pesquisava sobre tradições culturais dos povos campesinos e como essas tradições se relacionavam com a contemporaneidade. Ao interagir com esses atores do campo, nasceu a necessidade de contribuir com a construção de pessoas capazes de dialogar empaticamente com as riquezas e desafios do campo e animá-las para ações de valorização e transformação.”

Mas o professor lembra que o programa Humanismo Caboclo teve como precursor outro programa de extensão chamado Cultura Casca-Verde, realizado entre 2004 e 2008, na zona rural de Teresina. Para o Docente é preciso dialogar com o público externo da universidade e propor trocas de conhecimento.  “Compreendemos que o conhecimento acadêmico não pode se isolar do mundo. Ao pensar num programa de extensão que, de fato, pudesse dialogar e trocar com pessoas e grupos, definimos que deveríamos trabalhar a partir de uma extensão universitária dialógica, fraterna e que estimulasse a transformação de pessoas e de seus espaços coletivos a partir de suas culturas, histórias, contradições e potencialidades,” ressaltou.

“Crianças durante o projeto o Amigos do Livro e Outras Nuvens”

Dentro das ações do programa Humanismo Caboclo, a produção de documentários se tornou uma ferramenta importante e eles são usados como parte do curso de Formação Político-Social de Jovens do Campo. O professor citou dois trabalhos, o projeto Amigos do Livro e Outras Nuvens e o documentário Batalha da Cultural teve como proposta mostrar, através do audiovisual, a  ação de jovens ligados ao Hip Hop do Grande Dirceu. 

“Sempre reconhecemos como importante a comunicação dentro das ações do Humanismo Caboclo, porque além de divulgar os nossos projetos, contribui como material de memória e educação. Nossa intenção foi demonstrar que jovens podem realizar ações políticas em suas comunidades. Além disso, ver outros jovens que propõem trajetos de vida para além do individualismo e apatia política é bastante significativo para propor reflexões e estimular sonhos”, explicou o professor Luciano de Melo.

O projeto Amigos dos Livros e Outras Nuvens se trata de um projeto de incentivo à leitura. A iniciativa partiu do Luciano Melo e do João Pedro Veloso, que era seu aluno na época em que o projeto foi criado em 2016. As crianças se dirigem para praça, se unem em uma roda, leem livros, conversam sobre o que gostaram dos livros que leram e cantam canções; em outro momento, elas também praticam outras atividades, nas quais se expressam através de desenhos e aprendem se divertindo com jogos educativos. Como explica Leila Coelho. 

Já o Batalha da Cultural visa através da arte do hip hop, levar cultura e a expressividade de jovens para a Praça Cultural do Grande Dirceu. O foco atual é promover competições de rimas, ressalta Leila Coelho. 

Francisco Matheus e Amanda Moura, integrantes da Batalha da Cultural

Para a documentarista Leila Coelho, esses produtos audiovisuais impactam tanto a minha vida, como  dos jovens que participam e de quem vai assistir, porque servem como fonte de informação e conhecimento sobre as realidades de todo mundo. Ela destaca o impacto dos documentários nas comunidades rurais e nos jovens participantes do projeto, como, por exemplo, a visibilidade das história de vida deles.  “O maior impacto que esses documentários têm em suas comunidades e para os jovens que fazem parte desses projetos é a visibilidade. É a de ter suas histórias contadas. É de poder contar um pouco o quão significativo esses projetos são para eles e o quanto transformaram a vida deles e os deram outra perspectiva de vida. É de ter a oportunidade de mostrar o orgulho que sentem no que fazem e poder falar do que faz eles se sentirem respeitados, acolhidos, livres para se expressarem e se desenvolverem em sociedade”.

Para o Prof. Luciano de Melo, o protagonismo dos jovens do campo deve ser uma prática e não um discurso somente e a produção dos documentários servem também para esse propósito. “Os documentários registram uma história de luta e comprometimento com uma sociedade verdadeiramente participativa e propositora de uma cidadania real. Toda essa gama de saberes e estímulos potencializa entre os jovens participantes da formação um sonho de mudança. Transformação de suas realidades com projetos esportivos, de artes, bibliotecas, espaços para apresentações das tradições culturais ou projetos que incentivam a educação e a produção rural entre jovens da agricultura familiar. Os documentários narram histórias de jovens que ousam sonhar e lutar. Estas histórias podem inspirar novas histórias”, finaliza.

“Curso de formação política em Pedro II, na Escola Família Agrícola Santa Angela, no município de Pedro II”

“Retribuição”: alunos de jornalismo fazem estágio supervisionado na Ascom/UESPI

Alunos do 8º período do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí do Campus Poeta Torquato Neto estão realizando o estagio supervisionado na Assessoria de Comunicação da própria instituição de ensino. Ao todo são oito alunos distribuídos nos seguintes setores: Universidade Aberta do Piauí (UAPI), Universidade Ativa à Terceira Idade (UNATI), Núcleo de Educação à Distância (NEAD), Reitoria, Núcleo de Inovação Tecnológica  (NIT) e a própria Ascom.

 

Da arte ao programa, tudo é feito pelas alunas do estágio supervisionado

“Esse estágio é uma forma de enriquecer o aluno, tanto profissionalmente, quanto socialmente e disponibilizar esse espaço cria uma conexão maior entre os alunos e a própria instituição. O nosso olhar muda, passamos a ver melhor a UESPI como universidade e isso nos faz sentir que fazemos ainda mais parte da família UESPI, não somente como aluno, mas agora contribuindo de forma direta com a minha instituição de ensino. Eu escolhi o estágio na Ascom porque eu sempre tive a curiosidade de saber como tudo funcionava, porque é um trabalho muito bem feito e eu queria fazer parte disso”, disse Cesar Rocha, estudante do 8º período de Jornalismo e estagiário da Ascom no setor da UNATI.

A oportunidade de estagiar na UESPI trouxe uma novidade, o programa de rádio  em formato de boletim informativo e jornalístico com duração de 20 minutos.  A iniciativa é uma parceria da instituição com a Fundação Antares. O programa se chama Giro de Notícias UESPI, onde trás as principais notícias de todos os Campi da universidade que saíram no site da UESPI durante a semana, com entrevistas exclusivas, dicas culturais e muito mais.
“Eu fiquei muito feliz quando meus alunos do curso de Jornalismo se mostraram interessados em realizarem o estágio obrigatório na própria instituição. Acho que isso demonstra carinho com a nossa UESPI. Esse programa de rádio é o primeiro com esse tempo de 20 minutos, pois já temos ainda uma participação de cinco minutos no programa realizado no campus de Oeiras.  Estamos ainda mais animados porque temos a parceria com a Antares, aqui em Teresina. Nosso trabalho aqui na Ascom é levar para o maior número de pessoas as informações sobre a UESPI. Estamos em todas as redes sociais com vídeos, áudios, textos e imagens e tudo pensado jornalisticamente. Todo sábado, colocamos o programa Giro de Notícias UESPI no ar aqui pelo site e é um trabalho de integração entre os alunos do estágio supervisionado com os estagiários da Assessoria”, explicou a Professora da disciplina e Diretora da Ascom.
O Giro de Notícias Uespi está sendo produzido pelas alunas Ângela Núbia, Erica Santos, Ana Luiza, Jobeane Carvalho e Sara Mesquita sob supervisão e colaboração da professora da disciplina, Sammara Jericó. Em todo o programa, a equipe faz um revezamento de funções para que todas as alunas tenham a experiência em cada área do radiojornalismo.

“Após pagar a disciplina de radiojornalismo me apaixonei ainda mais pela a área de rádio e, agora, no último bloco do curso fomos colocados a prova e desafiados no estágio obrigatório. Surgiu então a oportunidade de estagiar na ASCOM, na Assessoria de Comunicação da Universidade que eu tanto amo e respeito. E ao mesmo tempo que faço parte dessa equipe maravilhosa, fui convidada a fazer parte de outro desafio o projeto do primeiro programa de rádio da Ascom da Universidade Estadual do Piauí, o Giro de Notícias UESPI no qual faço a edição do produto final. Só tenho a agradecer por estar fazendo parte dessa equipe”, conta Ângela Núbia, estagiaria do programa de rádio.

”Escolhi a UESPI para concluir a disciplina de estágio obrigatório porque na Universidade, além de me sentir em casa, é uma oportunidade de retribuir todos os conhecimentos acadêmicos e experiências profissionais adquiridos por meio dela. Fico muito feliz de poder contribuir de alguma forma com a instituição pondo em prática tudo que aprendi.Não somente eu, como os outros colegas de turma por meio da Assessoria de Comunicação da UESPI, estamos desenvolvendo várias atividades e estratégias voltadas para a comunicação. Eu por exemplo, faço parte da equipe por trás do novo programa de rádio da Universidade, o Giro de Notícias UESPI, com algumas colegas na parte da produção e é muito satisfatório ver que estamos em um esforço conjunto entregando um trabalho de qualidade”, declarou Erica Santos, estagiaria do programa Giro de Notícias Uespi.

“ Eu sou apaixona pela instituição que eu estudo e pelos trabalhos desempenhados pelos meus professores e poder fazer parte da equipe da ASCOM, em especifico desse novo projeto que é programa de rádio, me deixa muito feliz e lisonjeada. Eu escolhi esse estágio porque tenho a certeza que ele vai enriquecer o meu currículo e é uma ótima oportunidade para complementar a minha experiência acadêmica, além de me preparar muito bem para conquistar novas posições no mercado futuramente”, disse Sara Mesquita, estudante de jornalismo e estagiaria do novo programa de rádio.

O programa de rádio vai ao ar todo sábado nas redes sociais da UESPI e na Rádio Antares. Para ouvir, basta acessar a conta oficial da UESPI no Youtube; e Rádio Antares sintonizada na AM 800 KHZ.