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PREX: promovendo inclusão e suporte aos estudantes da UESPI

Por Roger Cunha

Raislúcio Leal, aluno do quinto período do curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Prof. Barros Araújo, conquistou o segundo lugar no prêmio Desafio LED – Me dá uma luz aí!” promovido pela Rede Globo de Comunicação e a Mastertech. O reconhecimento veio graças ao inovador “Projeto Aplicativo Voz Ativa”.

Alunos: Raislúcio Leal e Carla Gabriele

A aluna Carla Gabriele Monteiro Rodrigues Santos e Raislúcio Leal fazem parte do Programa Apoio Pedagógico desde julho de 2022. O programa é ofertado pela UESPI através da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX) e oferece acompanhamento pedagógico, social e psicológico a estudantes com deficiência. Os bolsistas recebem o valor de R$ 700,00 mensais para auxiliar colegas com deficiência física, visual e/ou auditiva.

A PREX é a pró-reitoria na UESPI responsável por implementar políticas de extensão universitária que incluem programas de inclusão social e apoio aos estudantes, integrando ensino e pesquisa. Nesse sentido, a Pró-Reitoria  (UESPI) desempenha um papel crucial na implementação da Política de Extensão Universitária, uma política que abrange programas, projetos e serviços que priorizam a inclusão social, integrando e articulando ensino, pesquisa e extensão. A política de Assistência Estudantil e Comunitária é estruturada por diversos programas institucionais, incluindo auxílios financeiros, estágios extracurriculares e apoio psicopedagógico, entre outros.

Programas de Assistência Estudantil

Além do Programa Apoio Pedagógico voltado para estudantes com deficiência física, visual e/ou auditiva. a PREX ainda oferece o Programa Auxílio Alimentação, que garante ao estudante  em situação de vulnerabilidade socioeconômica uma refeição diária gratuita durante o período letivo socioeconômica. O programa dá uma bolsa mensal de R$ 300,00. Atualmente, 2.475 estudantes são beneficiados.

O Programa Auxílio Moradia é destinado a estudantes que residem fora do seio familiar, com uma bolsa de R$ 300,00 mensais para custear despesas de moradia. Hoje, 462 estudantes são atendidos.

O Programa Bolsa Trabalho oferece oportunidades de complementação financeira com bolsa de R$ 900,00 mensais para 284 discentes em situação socioeconômica insuficiente.

PREX no Palácio Pirajá

Segundo o Professor Luciano Figueiredo, um dos coordenadores do projeto ao lado da Professora Amélia Coelho Rodrigues, o projeto do alunos Raislúcio surgiu a partir da participação dele no programa de Apoio Pedagógico da PREX. “O projeto “Voz Ativa” nasceu da experiência de Raislúcio com Carla Gabriele Monteiro Rodrigues Santos, aluna com deficiência visual do quinto bloco de direito, que evidenciou a inacessibilidade a materiais bibliográficos no ensino superior. Diante disso nasce o projeto “Voz Ativa” com o objetivo de promover a inclusão acadêmica de estudantes com deficiência visual através do acesso a materiais bibliográficos em formato de áudio com voz humana”. O Docente ainda enfatizou a educação inclusiva, “embora apoiada por acordos internacionais, como a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, ainda está em um processo contínuo de desenvolvimento”, por isso o envolvimento de gestores a sociedade; docentes a discentes.

Sala da Assistência Estudantil

Eulina Coelho, assistente social do Setor de Assistência ao Estudante da PREX, destaca a importância dos auxílios para a permanência e formação acadêmica dos discentes. “Os programas visam garantir aos estudantes em situação de vulnerabilidade permanecerem no ensino superior, colaborando para o êxito acadêmico. A assistência estudantil deve ser entendida como um direito social, que visa suprir as necessidades básicas dos discentes e facilitar seu desenvolvimento acadêmico”.

Para se inscrever nos auxílios, os estudantes devem atender aos critérios de elegibilidade, comprovando renda familiar de até meio salário mínimo per capita ou renda familiar total de até três salários mínimos. As inscrições são analisadas pela equipe de assistentes sociais do Setor de Assistência ao Estudante da UESPI, que consideram aspectos sociais, familiares e as especificidades de cada aluno. “Os critérios de elegibilidade são rigorosos para garantir que os auxílios sejam direcionados a quem realmente precisa. Analisamos a renda familiar, além de outros aspectos sociais e familiares que limitam o direito à permanência no ensino superior e podem resultar na evasão e desistência dos discentes”, explica Eulina Coelho. 

Equipe de assistentes sociais

A equipe de assistentes sociais do Setor de Assistência ao Estudante da UESPI é responsável pelo planejamento, execução e monitoramento de todos os programas. Eles garantem que os auxílios sejam distribuídos conforme as necessidades e regulamentos estabelecidos. “O monitoramento contínuo é essencial para garantir que os recursos estejam sendo usados de forma eficaz e que os estudantes estejam realmente se beneficiando dos programas oferecidos”, ressaltou a assistente social. 

Ryan Alves, estudante de Jornalismo e beneficiário do Auxílio Alimentação, compartilha seu testemunho sobre a importância do auxílio em sua vida acadêmica. “O auxílio-alimentação faz uma diferença enorme na minha vida universitária. Estudar demanda muito tempo e energia e é difícil conciliar os estudos com o trabalho para pagar todas as despesas. O auxílio proporciona uma segurança financeira essencial para eu focar nos estudos sem me preocupar com a próxima refeição.” 

O discente soube do edital pelo site da UESPI e destacou a organização da PREX na divulgação e documentação necessária. Ele passou por um processo de seleção rigoroso, onde a documentação foi cuidadosamente verificada para confirmar a elegibilidade ao auxílio.

Alunos beneficiados pelos os programas de assistência estudantil da UESPI

Os programas não apenas permitem a continuidade dos estudos, mas também incentivam os alunos a sonharem grande e a acreditarem em seu potencial.

O Prof. Luciano Figueiredo finalizou dizendo que a educação inclusiva é um processo contínuo

UESPI reforça pontualidade nos pagamentos de bolsas e auxílios disponibilizados pela instituição

Em um compromisso com seus estudantes, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reitera o mantimento rigoroso dos prazos de pagamento das bolsas e auxílios oferecidos pela instituição. A Universidade reafirma seu comprometimento em garantir que os recursos destinados a esses benefícios alcancem os beneficiários, viabilizando o suporte financeiro para a comunidade acadêmica.

A Pró-Reitoria de Planejamento e Finanças (PROPLAN), é o órgão vinculado à Reitoria responsável por planejar, organizar, controlar, acompanhar, avaliar e supervisionar as atividades relacionadas ao registro e execução orçamentária, financeira e contábil dos recursos oriundos de arrecadação, convênios e aqueles provenientes dos Tesouros Nacional e Estadual.

O professor Lucídio Beserra Primo, Pró-reitor da PROPLAN, explica que a folha de pagamento é elaborada no início de cada mês, geralmente na primeira semana, para que se possa efetuar todos os pagamentos ao final do mês, nos dias 30 e 31. “Não há o que se falar sobre atrasos da folha de pagamento das bolsas e auxílios assistenciais da UESPI, pois todos estão sendo pagos rigorosamente em dia de acordo com o calendário estabelecido pelo Estado”.

Ajuste nas bolsas e auxílios

Em fevereiro deste ano, o Presidente Lula reajustou as bolsas de graduação, pós-graduação e de iniciação científica. No que se refere a UESPI, as bolsas de monitoria, PIBID, PIBEU, PIBIT e PIBIC, por exemplo, mudaram de R$ 400,00 para R$700,00. As bolsas de mestrado passaram de R$ 1.500,00 para R$ 2.100,00, enquanto o Programa Bolsa Trabalho saiu de R$ 400,00 para R$ 900,00.

Em 16 de março, ainda nesse ano, no Palácio de Karnak, foram anunciados os reajustes nos auxílios estudantis que são ofertados pela UESPI em um percentual de 50%. O valor passou de R$ 200,00 para R$ 300,00. Ao todo, foram contempladas 2.500 vagas para o Auxílio Alimentação e 500 vagas para o Auxílio Moradia.

Os auxílios possuem a característica de viabilizar o acesso e a permanência, dentro do ambiente acadêmico, dos alunos em vulnerabilidade social. Já as bolsas possuem o papel de contribuir para a formação profissional dos discentes contemplados.

Sobre os programas

A Monitoria acadêmica consiste em atividades de ensino desenvolvidas pelo estudante para aproximá-lo da docência. Na prática, o aluno atua como uma espécie de professor, desenvolvendo tarefas nos campos científico e pedagógico, com a supervisão do docente.

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é uma política governamental de formação de docentes em nível superior. Já o Programa Institucional de Bolsas em Extensão Universitária (PIBEU) tem como objetivo estimular e apoiar o desenvolvimento das ações extensionistas como prática acadêmica e sociocultural.

Além destes, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) são voltados aos alunos de graduação e servem como incentivo à formação de novos pesquisadores.

A UESPI também disponibiliza o Estágio não-obrigatório para os mais diversos cursos, sendo realizado como atividade opcional, com o intuito de complementar a formação do estudante. A bolsa dessa modalidade se fixa em R$ 1.023,00 ao mês.

Bolsas acadêmicas têm impacto positivo na vida dos estudantes; veja depoimentos

Débora Amorim (estágio obrigatório)

Professora Orientadora: Sammara Jericó

A partir de abril deste ano, as bolsas estudantis foram reajustadas. Atividades como as de Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID), Programa de Iniciação de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e monitoria de disciplinas contribuem para participação dos discentes dentro da instituição, além de auxiliar na permanência dos estudantes na universidade.

Muitas vezes, por serem de origem mais simples, o apoio financeiro que essas quantias mensais garantem aos estudantes são super relevantes. O professor Dr. Orlando Berti, que convoca com frequência bolsistas para monitorarem disciplinas e realizarem pesquisas, confirma que esses auxílios são cruciais para os discentes. “Muito do nosso alunado provém de famílias socialmente vulneráveis. Termina ajudando para que o alunado não precise ir para trabalhos externos, fora da universidade. Então é uma forma de garantir não só o provimento, mas que o alunado possa ficar mais tempo na universidade…possa conhecer mais a universidade”, afirma o docente.

O Prof. Dr. Orlando Berti destaca que os recursos financeiros das bolsas auxiliam os discentes na permanência estudantil, além de destacar a UESPI quanto as pesquisas universitárias

Joyce Costa, estudante de história e que almejava ser bolsista desde o seu primeiro período no curso, relata que as bolsas (que até pouco tempo atrás eram de 400 reais), ajudaram na sua jornada acadêmica de diversas formas. Ela conta que, de início, pensou em ingressar no PIBID, mas a oportunidade de entrar no PIBIC surgiu e ela aproveitou. “Estava eu, no meio da pandemia (2020) conversando com uma professora sobre uma projeto de iniciação científica em história militar e com a possibilidade de receber remuneração mensal por 12 meses no valor de 400 reais […]. Eu fui recebendo o dinheiro e guardando e assim consegui economizar o suficiente para comprar um notebook e, posteriormente, um celular novo. No ano seguinte, uma outra professora veio conversar comigo dizendo que tinha interesse em me orientar em um projeto de história da saúde e que eu também receberia bolsa remunerada, já estávamos em 2021 e, naquela altura, eu o dinheiro seria extremamente necessário”, relata Joyce.

A aluna faz pesquisas e confirma a importância das bolsas para os discentes

Outra vantagem dessas oportunidades são as janelas que essas experiências podem trazer para o futuro. Quem visa pós graduação, mestrado e doutorado adquire vantagens em seu currículo, já que essas atividades são valorizadas em seleções. Estevão Leite, que está no 8º bloco e quase concluindo seu curso de jornalismo, foi aprovado na última seleção de monitoria e já conta com outra anterior em seu histórico. O estudante destaca justamente o impacto que essas atividades terão em sua futura jornada. “A monitoria é uma excelente oportunidade para nós estudantes nos aprimorarmos em determinadas disciplinas e nos aproximarmos da docência. Além disso, a experiência de monitoria é altamente valorizada em programas de pós-graduação, como mestrado e doutorado, e pode ser um grande passo para quem deseja seguir carreira acadêmica, encurtando o caminho para a seleção em uma pós stricto sensu”, conta ele.

Aumento das bolsas 

Em fevereiro de 2023, o presidente Lula reajustou bolsas de graduação, pós-graduação, e de iniciação científica. Os alunos em geral comemoraram a notícia, já que monitoria e PIBIC por exemplo mudaram de 400 para 700 reais.

Sobre essas alterações positivas, Estevão e Joyce se mostram satisfeitos. Eles reforçam que essas quantias ajudam “a cobrir diversos custos, como transporte, material de estudo e equipamentos eletrônicos” e “por garantirem a experiência de acessar novos espaços na universidade, como também garantir a permanência de muitos jovens que teriam que trabalhar e estudar ao mesmo tempo para se manter nesse ambiente”, disseram eles respectivamente.

REAJUSTES EM BOLSAS DA UESPI

Em 16 de março, no Palácio de Karnak, foram anunciados os reajustes nas bolsas e programas abaixo que são ofertados pela UESPI.

Reajuste:

• Bolsas de iniciação científica: R$ 400,00 para R$ 700,00

• Bolsas de mestrado: R$ 1500,00 para R$ 2100,00;

• Programa Bolsa Trabalho: R$ 400,00 para R$ 900,00

•Monitoria: R$ 400,00 para R$ 700,00

•PIBEU: R$ 400,00 para R$ 700,00