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Dia da Consciência Negra: Uespi tem maior representatividade de professores entre pretos

Por Giovana Andrade e João Fernandes

No mês da Consciência Negra, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) vem reforçar um dos pontos centrais da sua missão institucional, que é a contribuição para o desenvolvimento social do Brasil. Vencer o racismo e todas as formas de exclusão é uma bandeira que a UESPI defende. Seja por meio de políticas inclusivas, programas de bolsas ou ações de extensão, a UESPI busca a integração de todos e todas em seus campi.

Segundo o último censo da Educação Superior, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), a UESPI conta com 750 professores autodeclarados negros e pardos.

O Reitor da UESPI, Prof. Doutor Evandro Alberto, chama a atenção para o acolhimento e a reflexão no mês de novembro, mês da consciência negra. Ele afirma que essa reflexão deve ser diária para que o racismo deixe de fazer parte de qualquer ambiente e comunidade.

Audio do Reitor da UESPI

 

Para o coordenador de Ciências contábeis, Prof. Domingos Sávio, sua própria trajetória demonstra que é possível o negro, a negra conquistar o seu espaço. Segundo ele, o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, é uma forma de  chamamento  para não estar indiferente com o que acontece no entorno da própria realidade.

“Muitas vezes, pessoas negras não conseguem atingir seus objetivos  por pensar que esse espaço não lhe cabe, que era inatingível se não fosse a lei de cotas raciais. Nós podemos conquistar o que desejamos e queremos.  Já fui cabo do exército brasileiro, tendo ido para reserva apto a 3°  Sargento, já fui Encarregado do Crédito, cadastro e cobrança na Fundição Brasil S.A, em São Paulo, chegando no Piauí, fui Diretor e Contador da INSOPISA, indústria de Soro do Piauí S.A, na época, um dos acionista era o Governador do Piauí. Eu também fui Diretor do Colégio Dinâmico, Professor da  Faculdade CEUT durante 18 anos, Professor da Faculdade FAP durante 13 anos. Nestas faculdades onde ministrei aulas sempre fui bem avaliado e recebi alguns reconhecimentos. Hoje, sou Professor efetivo e Coordenado do Curso  de Ciências Contábeis da UESPI. Durante toda essa minha trajetória, eu, em momento algum, não percebi nem um ato de racismo”.

 

Domingos Sávio, coordenador de ciências contábeis.

Para o professor, a luta é diária e a resistência do povo negro não pode ser deixada de lado. Ele também destaca a educação como meio para o combater qualquer discriminação ou preconceito. A resistência também é destaque nas palavras do professor Alcir Rocha, coordenador do curso de Direito e diretor do campus de Corrente.
Para ele a data reforça o empenho que negros ainda têm que fazer para ocupar espaços. Além disso, para o professor a representatividade negra na UESPI demostra o empenho da comunidade em ocupar espaços relevantes em nossa instituição.

“Ser melhor em sua atuação. Escrever melhor. Dirigir melhor. Falar melhor. Ser melhor nos conduzira para uma perspectiva de que podemos como comunidade, ir mais longe, e servir de referência para que os outros da nossa cor, enxerguem a possibilidade dos que por muito tempo foram marginalizados, se tornarem protagonistas da sociedade. Viver para negro já é um ato de resistência. Ser melhor, em qualquer coisa, é superar os paradigmas”, declarou o professor.

Alcir Rocha, Diretor do campus de Corrente.